quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Um convite à ousadia: em defesa de um DCE independente, combativo e democrático!




O ano de 2012 ficará marcado por uma greve histórica na educação, composta por todas as Universidades Federais do país, sendo que em muitas delas a greve atingiu os três segmentos (docentes, discentes e técnicos). Vale destacar o movimento grevista estudantil, que compôs a greve não somente em apoio aos professores, mas como sujeitos ativos desse processo com pautas próprias, construída em assembléias lotadas, com adesão de grande parte dos estudantes. Na UFU não foi diferente, uma vez que tivemos assembleias de curso e assembléias gerais, de deflagração de greve e construção das reivindicações estudantis, sempre lotadas, históricas para nossa universidade.  Mesmo com as dificuldades encontradas nas negociações, dado o caráter “antidemocrático” da nossa reitoria, foi com a mobilização estudantil que conseguimos alguns avanços em nossas pautas.  Essa greve veio nos mostrar a importância da organização dos estudantes em prol de seus interesses, nos mostrou como é importante a existência de uma gestão de DCE ativa, combativa e presente no dia a dia dos estudantes, em todos os campi. Nos trazendo a clareza acerca dos nossos limites e reconhecendo a necessidade de estar em contínuo movimento, buscando sempre avançar no que diz respeito ao cotidiano dos estudantes da UFU como um todo, em cada um de seus campi, em cada curso, em cada peculiaridade. Essa conjuntura reforça assim, a importância da luta em defesa de uma Universidade pública gratuita e de qualidade para todos.

Ainda em 2012 tivemos na UFU eleições para Reitoria. A falta de diálogo entre reitoria e estudantes não foi novidade no período eleitoral. Neste período a universidade se encontrava esvaziada em consequência da greve e, mesmo com os esforços feitos por um considerável grupo de professores e os estudantes, o conselho universitário (CONSUN) achou por bem não acatar a proposta de alteração da data das eleições para depois do fim da greve, mantendo as eleições em detrimento de um processo eleitoral amplo e participativo. Diante desse contexto, nós que somos parte da Gestão do DCE “Aos que virão”, por sermos oposição a atual gestão dos professores Alfredo e Darizon, declaramos voto critico à chapa “Todas as vozes”, da Profª Rosuíta e Profº Mauro, e em conjunto com o comando de greve, participamos  da campanha #foraAlfredo.

Desde esse período o papel do movimento estudantil vem sendo questionado. De um lado, temos visto o crescimento de um sentimento conservador que clama à autoridade, deslegitima a organização coletiva e prega o conformismo. Do outro lado, vimos ressurgir grupos governistas como a UJS e o PT. São os grupos que estiveram à frente do DCE em 2011, e que ficaram marcados por uma gestão ausente, que agia de forma autoritária, desrespeitando os fóruns (CONDAS - Conselho de D.As e C.As) de decisão do movimento, deslegitimando as entidades estudantis, estando ao lado da reitoria e não dos estudantes, abaixaram a cabeça para as decisões autoritárias da reitoria, se retirando do lado da luta dos estudantes. Quanto ao governo, vemos que ele carrega na sua política, a mesma política de sucateamento da educação, e nesse ano não esteve ao lado dos estudantes na greve, não atendendo às suas reivindicações. Coube à nossa gestão 2012 revitalizar os espaços democráticos, realizando CONDAS e Assembleias periodicamente, para promover o debate e votar as decisões e reivindicações. Justamente no momento em que se abriu um amplo debate a respeito do caráter de nossa universidade e os seus passos para a democratização do acesso, como as cotas sociais e raciais, torna-se ainda mais necessário afirmar uma concepção de movimento estudantil independente, democrático e combativo, capaz de responder à demanda dos estudantes de nossa universidade. E é essa a concepção de movimento que defendemos.

Assim, acreditamos que nas eleições para o DCE da UFU que se aproximam, está colocada mais do que a simples disputa pela gestão da entidade. O que está em pauta é a capacidade dos grupos do movimento estudantil se unificarem em torno de programas unitários, que respeitem nossas diferenças, mas que sobretudo signifiquem a construção de sínteses políticas entre nós. Foi por isso que nós, do Coletivo Juntos e do Coletivo Vamos à Luta, batalhamos para a nossa unidade com o setor combativo do movimento Rompendo Amarras acontecesse. E mesmo com a negativa da chapa unificada, estaremos sempre abertos para que essa unidade aconteça ainda durante esse processo eleitoral e nas lutas cotidianas. 

Acreditamos que somente com a unidade de grupos organizados e de estudantes independentes, a partir de um programa político que representa a nossa defesa de projeto de universidade transformadora, poderemos continuar tendo um DCE combativo, criativo e que luta ao lado dos estudantes.  Assim a vitória de um setor mais consequente do movimento estudantil se faz necessária, para conseguirmos combater a política do governismo, e daqueles que vêm defendendo os valores mais atrasados da nossa sociedade, ajudados pela política de um setor direitista da universidade.

Por isso convidamos tod@s os estudantes dispostos a construir um DCE autônomo, democrático e combativo, que não se dobra nem para a reitoria, nem para o Governo, para conhecer a nossa construção de chapa para as eleições do DCE gestão 2013, na quarta-feira dia 28 às 17 horas no Bloco 3D sala 108. E na quinta feira, dia 29, nosso encontro será para construirmos nosso programa político às 17horas no bloco 3D sala 108.


Coletivo Vamos à Luta e Coletivo Juntos!


domingo, 25 de novembro de 2012

Contribuição do VAMOS À LUTA aos militantes da chapa Nada Deve Parecer Impossível de Mudar no DCE/UFMG.

EGITO
CHILE

BRASIL
GRÉCIA


Ato contra o aumento do bandejão UFMG
“É tempo de indignados” 

A eleição do DCE é um momento privilegiado para debatermos. Somos do Coletivo Vamos à Luta e compomos a oposição ao grupo que atualmente comanda o DCE. Estivemos nas principais lutas da universidade, pois somos independentes da reitoria e do governo Dilma. Como militantes do PSOL, construímos a campanha de Maria 50 que apontou uma alternativa real para a juventude de BH. Agora é hora de mudar a direção do DCE, queremos contribuir com o debate sobre o programa, pois NADA DEVE PARECER IMPOSSÍVEL MUDAR.

Fomos parte, em 2012, da maior greve dos últimos 20 anos nas Universidades federais. Estudantes, professores e técnicos foram às ruas lutar em defesa da Universidade pública e contra o corte de verbas de 5 bilhões de Dilma, que destina mais de 47% do PIB para os banqueiros. Ao invés de investir em educação o governo do PT/PMDB/PCdoB realiza expansão sem qualidade que não garante estrutura, assistência estudantil e precariza as condições de estudo e trabalho; falta reajuste salarial aos servidores e privatiza os hospitais universitários através da Ebserh. Enquanto se recusava a receber os grevistas, Dilma anunciava mais um pacote de privatização das estradas, o “kit da felicidade” de Eike Batista. 

Apesar do DCE-Onda, que se recusou a organizar os estudantes da UFMG. Nossa greve conquistou vitórias, como o aumento da verba do PNAES, e por isso a luta tem que continuar! 

No mundo inteiro, a juventude e os trabalhadores combatem os cortes de verbas dos governos, ditaduras, a falsa democracia dos ricos e as privatizações e tem se mobilizado e ido às ruas, como os indignados espanhóis, os estudantes chilenos em defesa da educação pública, as mobilizações no norte da África, os estudantes em greve estudantil no Quebéc, a greve geral na Argentina e a greve geral unificada na Espanha, Grécia e Portugal. Por isso cresce o questionamento as velhas formas de fazer política das direções traidoras, eleitoreiras e reformistas. Um exemplo é a derrota do Partido Comunista nas eleições dos DCE’s das principais universidades do Chile, visto que traíram a luta por educação gratuita. 

Este ano comemoramos 20 anos do Fora Collor, protagonizado pela juventude que pintou a cara e foi às ruas lutar contra a corrupção. Se em 1992 a UNE mobilizava a juventude contra a corrupção, hoje é diferente. A direção majoritária da UNE (PCdoB/PT) tornou-se parte do governo e, em meio ao julgamento do mensalão, ao invés de mobilizar os estudantes para irem às ruas lutar contra a corrupção no país e pelo julgamento e prisão de todos os corruptos, a UNE se cala, porque é defensora dos corruptos, como o ex-ministro dos Esportes, Orlando Silva (ex-presidente da UNE e Ministro pelo PCdoB), afastado do ministério devido às denúncias de corrupção. Uma vergonha para a história do movimento estudantil, que não pode mais contar com a direção majoritária para lutar. Além disso, outro dirigente do PCdoB, o Aldo Rebelo, foi o relator das mudanças do código florestal para beneficiar o agronegócio. 

Por isso durante a greve, os estudantes não aceitaram a direção majoritária da UNE no comando nacional de greve estudantil, porque não confiam numa direção que não luta contra os cortes de verbas, que mudou de lado e hoje recebe milhões de reais do governo em troca de seu silêncio e apatia, se tornando um verdadeiro braço do governo no movimento estudantil. Por outro lado, os estudantes também não aceitaram que outras entidades falassem em nome dos grevistas. Por isso a ANEL também foi impedida de negociar. Quem falou em nome dos estudantes grevistas foram os estudantes grevistas e seu comando de greve. 

 “O que querem os governos e a reitoria?” 

A juventude está cansada da velha política, repudia os escândalos de corrupção e o mensalão do PT e seus aliados. Lula está ao lado de Maluf em São Paulo, mostrando o quanto o PT se tornou mais um partido fisiológico e que seus compromissos são com os ricos e corruptos. É necessário ter compreensão do significado dos 10 anos de governo do PT, que criminaliza os grevistas da educação, não governa para juventude e para os trabalhadores, não trata a educação como prioridade e corta mais de 90 bilhões das áreas sociais nos últimos dois anos para destinar aos banqueiros. 

Infelizmente a reitoria da UFMG segue esse mesmo caminha e atua como principal parceiro do governo, dando sustentação aos ataques e a privatização da universidade como no caso da EBSERH e na sustentação de um modelo falido e privatista de assistência estudanitil – FUMP. 

Em Minas Gerais o governador Anastasia não valoriza e persegue os professores, atacando o direito de greve e de organização sindical, como na época da ditadura. O prefeito Marcio Lacerda, por sua vez, administra Belo Horizonte como uma verdadeira empresa, expulsa famílias de suas casas para atender os interesses da especulação imobiliária, e já anunciou que vai aumentar o preço da tarifa de ônibus para atender os interesses dos seus financiadores de campanha, a juventude já demonstra que vai resistir a mais esse aumento, o DCE UFMG tem que estar nessa luta! 

 “O movimento estudantil da UFMG” 

Na UFMG, o DCE-Onda, prefere tomar cafezinho com a reitoria que organizar e ouvir os estudantes, prova disso é a omissão e consentimento no aumento do “bandejão” e um conselho de CA´s e DA´s como mero coadjuvante no Movimento Estudantil. Não podemos aceitar que a juventude da direita continue no DCE. Pois o DCE precisa estar presente nas lutas, organizando os estudantes.

Também não podemos aceitar a chapa da Dilma e do mensalão que irá continuar a trair os estudantes e defender os interesses do governo, assim como fazem na direção majoritária da UNE. Infelizmente as outras duas chapas da esquerda, priorizam a sua autoconstrução em detrimento das necessidades e reivindicações dos estudantes, prova disso é o desgaste que chegou o movimento estudantil na UFMG e que permitiu a ascensão da direita. 

É imprescindível que o DCE esteja pronto para tocar a luta junto aos estudantes denunciando os governos, os cortes de Dilma, a expansão sem qualidade e tudo aquilo que transforma a universidade em uma “fábrica” de diploma em função de interesses privados. Os estudantes da UFMG precisam da diminuição imediata do preço do bandejão, do reajuste das bolsas para equipara-las ao valor do salário mínimo, de mais vagas de moradia estudantil, de ônibus inter-campi. É necessário defender o Hospital das Clínicas e barrar a política de privatizações do governo, como a EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e para isso é necessário mudar radicalmente a política do DCE. É momento de transformar em luta as nossas demandas, é necessário debater qual a nossa concepção de universidade e fazermos uma análise profunda da política e da conjuntura, só assim teremos elementos para compreender quais os significados da greve na educação, da nossa luta contra o aumento do bandejão, por que queremos uma pró-reitoria de assistência estudantil e por que somos contra a privatizações dos HU´s.

“O DCE que queremos”

Acreditamos ser de extrema importância discutir novas formas no movimento estudantil, como a radicalização da democracia, os estudantes devem voltar a se tornarem protagonistas, por isso é hora de novas práticas e novos instrumentos, para termos um DCE criativo que inove na forma e radicalize na ação. No entanto não podemos nos furtar de também denunciar a velha política, pois é uma tarefa fundamental denunciar os inimigos da Universidade e apontar uma alternativa real para milhares de estudantes da UFMG. Queremos um DCE para e com os estudantes, organizando as lutas, com independência de governos, partidos e reitorias. Queremos um DCE indignado, que denuncie os ataques do governo Dilma e da reitoria Campolina. Um DCE que fale a língua dos estudantes, mas que não se furte de dizer o que está errado. Nosso coletivo, o Vamos à Luta, só tem razão de existir para contribuir com esse tipo de construção. Estamos em mundo que está mudando. Desde o Egito, Grécia, Chile a juventude cansou de esperar, cabe a nossa geração fazer o mesmo. Queremos trazer os ventos das primaveras para a UFMG e fazer parte de tudo isso que está em gestação, nas palavras do escritor uruguaio Eduardo Galeano: “este mundo de merda está grávido, grávido de um mundo novo”. 

Coletivo Vamos à Luta

Construção da Chapa do DCE-UFU


domingo, 18 de novembro de 2012

MANIFESTO DA CHAPA NADA DEVE PARECER IMPOSSÍVEL DE MUDAR, AS ELEIÇÕES DO DCE-UFMG



MANIFESTO ELEIÇÕES DCE-UFMG

"Não sabendo que era impossível, foi lá e fez." Jean Cocteau

O ano de 2012 foi um ano difícil e turbulento para os estudantes da UFMG. A expansão irresponsável da universidade promovida pelo REUNI e os constantes cortes de verbas do Governo Dilma levou a greve dos professores e a diversas mobilizações dos estudantes contra as condições de ensino (como nos cursos de Arquitetura, Música, Ciências do Estado e de Montes Claros). Tivemos um ataque frontal por parte da reitoria ao direito da assistência estudantil com o aumento absurdo bandejão para R$4,15. A integração, a convivência e as atividades culturais entre os estudantes continuam restritas pela proibição de festas e pela restrição aos espaços de convivência. A privatização de uma unidade inteira da UFMG, o Hospital das Clinicas, esta prestes a acontecer.

Se é inegável que há muito de errado em nossa universidade, será que não conseguimos ver isso? Onde foram parar as vozes de contestação? Não conseguimos mais ser ouvidos? Tiraram-nos a possibilidade de lutar?

A participação do estudante na vida política e cultural da universidade vem diminuindo há algum tempo, e o movimento estudantil hoje se encontra totalmente afastado do estudante. Seja pela postura autoritária de seguidas gestões de DCE, que ignoram os CAs e DAs e outros coletivos da universidade; seja pelo empobrecimento da participação dos estudantes a apenas o direito de voto nas eleições de DCE, sem (re)criar ferramentas que permitam que ele seja sujeito das mudanças na universidade; seja pelas práticas ultrapassadas de diversos grupos, que tratam os estudantes como alienados que precisam ser conscientizados.

A gestão ONDA, que apresentou importantes críticas a velha política e as práticas do movimento estudantil nas últimas eleições, mostrou sua cara conservadora. Não conseguiu dar respostas às demandas dos estudantes, tendo privilegiado as negociações e troca de favores com a reitoria, ausentando-se de informar, mobilizar e construir conjuntamente com os estudantes posicionamentos nas diversas questões da universidade, indo muitas vezes contra o interesse dos estudantes. Nenhuma assembleia foi realizada. As iniciativas políticas e culturais de qualquer grupo de estudantes, e dos CAs e DAs não foram apoiadas pela gestão, sendo que em algumas vezes foram até mesmo deslegitimadas.

CHEGA DE MAIS DO MESMO! CHEGA DA VELHA POLÍTICA! PRECISAMOS DE UMA ALTERNATIVA! VAMOS RADICALIZAR A DEMOCRACIA NA UFMG!

Queremos um movimento estudantil e um DCE aberto, que dialogue e estimule a participação dos CAs e DAs, dos grupos de cultura, dos coletivos contra as opressões. Queremos um movimento estudantil autônomo, independente, combativo, pautado e construído pelos próprios estudantes de maneira coletiva e transversal. Queremos novas práticas políticas, cansamos de apenas ser representados, cansamos do autoritarismo e da velha burocracia. Queremos uma universidade popular.

Para construir coletivamente o DCE e a UFMG que queremos, convidamos todos os estudantes a participar da Primeira Reunião da CHAPA NADA DEVE PARECER IMPOSSÍVEL DE MUDAR, na terça-feira (20/11) às 18h na Arena do ICEX. Nossas propostas serão elaboradas nessa reunião, então queremos escutar seu relato, suas sugestões!

Contatos: Leonardo Mattos - leovmattos@gmail.com e Rana rana.fsa@hotmail.com

sábado, 17 de novembro de 2012

O PAAES tem que continuar!


Na manhã da última terça feira, dia 13 de novembro, um ato puxado pelos estudantes secundaristas da cidade foi realizado em frente à reitoria durante a realização do Conselho de Graduação (CONGRAD), em defesa do programa seriado Programa de Ação Afirmativa de Ingresso no Ensino Superior (PAAES).

Com a aprovação da chamada Lei de cotas (Lei nº 12.711/2012) no último dia XX em Brasília, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), convocou para a última terça feira uma reunião do CONGRAD, a fim de discutir e deliberar como será implementada a nova lei de cotas nos processo de ingresso ao ensino superior da UFU. O que estava em discussão no CONGRAD (Conselho de graduação) é a porcentagem que será reservada para a Lei de cotas já no processo seletivo 2013/1 (que pode variar entre 12,5% progressivos ao longo de 4 anos atingindo os 50% ou se 50% de uma única vez); bem como  se o PAAES iria continuar ou não.

Entendendo que o PAAES é mais uma ação afirmativa de entrada na universidade, e que é também uma alternativa para os estudantes da escola públicas da região - uma vez que estudantes de baixa renda não têm condições de mudarem para longe a fim de cursarem a graduação - temos que reconhecer o avanço da conquista de imediata implantação de 50% de cotas pelo ENEM na UFU, pois em todas as Universidades Federais do Brasil, somente mais uma vez, implantou de imediato os 50%. Porém não podemos nos esquecer a perda que é a extinção do PAAES. Com a continuidade do PAAES a UFU avançaria ainda mais nas políticas afirmativas de acesso ao ensino superior, teríamos 75% das vagas para estudantes de escola pública. O que temos que entender é que implantar os 50% da Lei de cotas, não deve ser sinônimo de extinção do PAAES.

E a luta não para por aí, apesar dessa resolução no CONGRAD ainda temos uma oportunidade de reverter essa decisão, já que a  decisão de fato está nas mãos do Conselho Universitário (CONSUN), que de acordo com a nota publicada no site oficial da Universidade, será no próximo dia 20.
Convocamos assim, todos aquel@s que defendem um ingresso a Universidade cada vez mais democrático e voltado para a classe trabalhadora, que compareçam nesta segunda feira (19 de Novembro)  às 18:30  no Centro de Convivência- Santa Mônica  da UFU, para a reunião de organização do ato que acontecerá na terça feira no horário do CONSUN, que será as 14 horas, mas iremos nos reunir desde as 13 horas em frente ao Prédio da Reitoria da UFU. 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

CARTA DO PSOL AO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE ESQUERDA DA UFMG

Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres. (Rosa Luxemburgo). 

A UFMG passa por um período de diversas dificuldades para os estudantes, a mais recente é o aumento abusivo do preço do bandejão. Os cortes no orçamento feito ano após ano pelo governo Dilma-PT traz consequências diretas para os estudantes e para a UFMG. No ano de 2012 passamos pela principal greve de servidores públicos dos últimos anos, consequência direta da desvalorização dos serviços públicos e da educação feita pelo governo federal. 


Infelizmente a reitoria da UFMG segue esse mesmo caminho e atua como o principal parceiro do governo, dando sustentação aos ataques e a privatização da universidade como no caso da EBSERH e na sustentação de um modelo falido e privatista de assistência estudantil - FUMP.


Durante todos os processos de luta os estudantes estiveram mobilizados na resistência contra a precarização e privatização da universidade. Construindo o comando de mobilização pró-greve e outras frentes de luta. Essas mobilizações se chocam com a realidade contraditória do movimento estudantil na UFMG, no qual disputas internas na esquerda, aliadas a uma falta de mediação para a comunidade universitária dos debates necessários geraram um afastamento da participação estudantil, isso somado ao afastamento político gerado por um modelo de universidade individualista e voltado para o mercado. Nessas circunstâncias um setor conservador incorporou o discurso despolitizado do "apartidarismo" existente entre os estudantes para ser eleito ao DCE e distorceu os rumos de um debate que julgamos extremamente necessário ao movimento estudantil de esquerda hoje: as lutas, a democratização radical e a legitimidade estudantil. 



Hoje, podemos concluir que o DCE legitima todas as decisões contra os estudantes e contra a universidade pública, não estão presentes nas lutas e muitas vezes até votam junto com a reitoria e contra os estudantes no conselho universitário. O DCE-Onda hoje é o principal entrave para fortalecer a mobilização dos estudantes da UFMG. 


Para derrotar a direita, para convocar um Congresso Estudantil que rediscuta as formas de participação e legimitidade estudantil na universidade, para realizar reuniões abertas e assim fortalecer a luta dos estudantes por uma UFMG pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada, por um modelo público de assistência estudantil e contra os cortes de Dilma, que nós, militantes do PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE – PSOL na UFMG defendemos a unidade de todos os setores da esquerda que construíram a resistência dos estudantes no último ano (PSOL, PCR, PCB, Consulta Popular e PSTU) a somar esforços na construção de uma chapa unitária nas eleições do DCE-UFMG. PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE - UFMG