terça-feira, 20 de março de 2012

O coletivo Vamos à Luta convida a todos para os debates:



10:00 - A juventude e a resistência popular
14:00 - Opressões
17:00 - Apresentação do Coletivo Vamos à Luta 


Quando: 24 de março
Onde: Bloco 5 O, sala  204, Campus Santa Monia - Universidade Federal de Uberlândia

Não aceitamos o mudo como está
Não nos agrada o passado como era.
Queremos inventar o futuro e para isso Vamos à Luta!!!!!!!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Fotos PUC/Coreu: Ato dia 13 a noite contra o aumento das mensalidades

Sob a chuva e em plena greve dos rodoviários, que pararam Belo Horizonte. Os indignados da PUC-Coreu mais uma vez deram exemplo e foram a luta contra o aumento das mensalidades. É preciso continuar as mobilizações e UNIR todos os que querem lutar contra o aumento!






terça-feira, 13 de março de 2012

PUC-MINAS: NA LUTA ATÉ REVOGAR O AUMENTO DAS MENSALIDADES


Mesmo antes do carnaval os estudantes da PUC-Minas iniciaram as mobilizações
contra o aumento abusivo das mensalidades. Todos os anos a reitoria realiza
aumentos injustificados e que não garantem a melhoria na qualidade do ensino.
Sob o rótulo de entidade filantrópica, a universidade vem demonstrando a mesma
atitude voraz que trata a educação como mercadoria.

No dia 1 de março, duas grandes manifestações na PUC-Corel contaram
com mais de 3 mil estudantes que pararam a universidade. Os indignados da
PUC demostraram que não vão aceitar os aumentos das mensalidades e que
continuarão nas lutas, até barrar o aumento.

A reitoria que se viu obrigada a negociar com os estudantes, visto a grande
mobilização, está enrolando o movimento e até então não apresentou nenhuma
proposta concreta. Além disso, criminaliza os estudantes, proibindo as passagens
em salas e a panfletagem dentro da universidade.

Atual direção do DCE só agora entra na luta, poderia ter denunciado a reitoria
desde o primeiro dia de aumento. Mas agora, que enfim resolveram participar,
centram sua atuação em dividir os estudantes.

É necessário mobilizar todas as salas de aula da PUC para a grande manifestação
do dia 13 de março. Nós do Coletivo Vamos á Luta, estamos desde já mobilizando
os estudantes e também pedindo apoio a todo o movimento estudantil nacional.

13 DE MARÇO (TERÇA- FEIRA) - DIA DE IR A LUTA PELA REVOGAÇÃO DO
AUMENTO DAS MENSALIDADES!

FIQUE ESPERTO – NÃO AO DIVISIONISMO!
Para revogarmos o aumento das mensalidades é necessária à unidade
de todos os estudantes, independente das diferenças (como orientação
político-partidária). O discurso divisionista só interessa aqueles que
querem desmobilizar os estudantes, a serviço da reitoria. Por isso é
necessário lutarmos UNIDOS contra o aumento das mensalidades e pela
qualidade na educação.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Porque Rejeitar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares no HC-UFMG

COMO SURGIU A EBSERH?
Desde o governo FHC, os Hospitais Universitários do Brasil vem sofrendo com um enorme déficit de pessoal. Sem a realização de concursos públicos, a alternativa encontrada pelas universidades para suprir a demanda foi a terceirização, contratando funcionários através das fundações de apoio (no caso da UFMG,  a FUNDEP). Acontece que segundo o Tribunal de Contas da União (TCU) essa é um pratica ilegal. Em 2006 o órgão diagnosticou que mais de 26 mil servidores estavam em situação irregular. A partir disso, foi dado um prazo ate o fim de 2010 para que o governo resolvesse a situação. Desde então, nada foi feito, ate que no dia 31 de dezembro, no ultimo de dia de seu mandato, o ex-presidente Lula lançou a MP-520, que criava a EBSERH. A MP foi rejeitada pela câmara dos deputados, mas logo voltou como projeto de lei sendo aprovado pelo senado em dezembro de 2011 com enorme apoio do governo Dilma.
O QUE É A EBSERH?
A EBSERH é uma empresa publica de direito privado, com capital e patrimônio próprio e autonomia administrativa, do tipo SOCIEDADE ANÔNIMA. Suas receitas podem ser oriundas do orçamento da união e PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, da ALIENAÇÃO DE BENS, de APLICAÇÕES FINANCEIRAS, DIREITOS PATRIMONIAIS (alugueis, foros) e DOAÇÕES de origem pública ou privada. Ela implementará metas de desempenho e prazos na gestão. Isso claro deixa claro quem definirá o modus operandi no HC: interesses privados Para resolver o problema da terceirização dos servidores, querem terceirizar o hospital todo!
O IMPACTO DA EBSERH PARA OS SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS.
Com a contratação da EBSERH estarão totalmente extintos os concursos públicos para o HC. A empresa tem liberdade de contratar pessoal, em contratos do tipo CLT, com 2 anos de duração, renováveis por no máximo mais 2. Isso levara a perda de estabilidade, aumento da rotatividade, flexibilização das relações trabalhistas e redução a liberdade de organização e reivindicação dos trabalhadores. Outro ponto problemático é que os servidores concursados poderão ser cedidos a empresa, porem o ônus continuara sendo da universidade. Ou seja: menos direitos para os servidores e precarização dos serviços prestados!
O IMPACTO DA EBSERH PARA O ENSINO E PARA OS ESTUDANTES.
Hoje em dia o HC-UFMG já vive uma situação critica com relação ao ensino. Estudantes de diversos cursos da Saúde tem dificuldade em conseguir estágios, muitas vezes tendo que buscar alternativas em outros hospitais de Belo Horizonte. Com a EBSERH, esse processo tende a se agravar, porque poderemos ter profissionais sem vinculo com a universidade e sem obrigações de ensino trabalhando no hospital. Alem do mais, não há garantia nenhuma de que o ensino será priorizado pela gestão do hospital, devido às metas de desempenho e a realocação de pessoal e gastos. O que pesará mais, o desempenho da gestão ou a prioridade ao tripé ensino-pesquisa-extensão?
O IMPACTO DA EBSERH PARA A UNIVERSIDADE.
A contratação da EBSERH para gerir o HC-UFMG prejudica claramente a autonomia universitária. A  empresa desvincula indiretamente os hospitais da universidade, já que terá o poder para firmar contratos, convênios, contratos com pessoal técnico, definir processos administrativos internos e definir metas de gestão. O hospital vira um prestador de serviços, e não uma unidade acadêmica. Ao empregar o fetiche da gestão privada, da eficiência e das metas, não há garantia de que o HC cumprira com qualidade os princípios indissociáveis do ensino, pesquisa e extensão, caso esses setores não sejam economicamente interessantes para a empresa. Alem disso, como a empresa poderá gerar lucros e prestar serviços, a pesquisa nesse novo modelo pode perder a independência, podendo se tornar fortemente direcionada pelo setor privado através de convênios, e não mais pelo interesse da população e da saúde publica. Onde fica o compromisso da universidade com a formação e com a transformação?
O IMPACTO DA EBSERH PARA A POPULAÇÃO E PARA A SAÚDE.
Além da redução da qualidade no atendimento, devido a precarização do trabalho e o estabelecimento de metas quantitativas de atendimentos, exames e procedimentos, a possibilidade de realizar convênios e captar recursos através da prestação de serviços deixa uma dúvida no ar: o HC poderá fazer convênios com planos de saúde? Hoje isso já ocorre no HCPA, modelo da EBSERH. O que isso significa?  Que quem tem condições de pagar por um plano saúde poderá ter uma cota de atendimentos exclusiva. Onde ficam os princípios da universalidade, equidade e gratuidade no SUS? Vale lembra que a EBSERH foi rejeitada pela 14ª Conferencia Nacional de Saúde, maior instância do controle social no SUS.
E A REITORIA?
A possibilidade de repassar a administração do HC para a administração de uma empresa deveria ser algo amplamente debatido pela comunidade acadêmica, com estudantes, servidores, docentes da UFMG e com usuários do HC. Entretanto a comunidade acadêmica sequer sabe do que se trata. O contrato a ser assinado pela UFMG não esta em consulta pública, e os termos da nova administração são totalmente obscuros. Exigimos discussão, esclarecimentos e transparência!

ATO PÚBLICO CONTRA A IMPLEMENTAÇÃO DA EBSERH NO HC-UFMG!
Em defesa do SUS e de uma Universidade pública e autônoma!
Dia 14/03 (QUARTA) às 13h – REITORIA.
 DAFAFAR – DAAB – DANUT – CAFITO – DAICB

quarta-feira, 7 de março de 2012

CARTA ABERTA DO CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA DA UFU SOBRE O CASO DE VIOLENCIA POLICIAL OCORRIDO NA ATIVIDADE DE RECEPÇÃO DOS CALOUROS

O Centro Acadêmico (C.A.) de História da UFU, gestão “O tempo não Pára” vem por meio desta nota esclarecer e se posicionar sobre os fatos ocorridos no dia 27 de fevereiro de 2012, no que diz respeito a violência praticada pela Polícia Militar (PM) contra estudantes que participavam da primeira atividade da semana de recepção organizada para os calouros do curso de história.

A C.A. de História, assim como a maioria das entidades estudantis de outros cursos, preparou para a primeira semana de aulas, atividades consecutivas de integração, discussão e debates, que tinham como propósito estabelecer um primeiro contato dos novos estudantes com os veteranos e corpo docente do Instituto de História.

Como se pôde verificar, desde o primeiro dia, o objetivo do Centro Acadêmico foi promover um espaço saudável de recepção, evitando em todos os momentos qualquer atitude que pudesse ser caracterizada como os lamentáveis trotes já conhecidos como práticas de humilhação e constrangimento causados por alguns veteranos aos calouros. Tratou-se, portanto, de uma concepção política adotada pelo C.A., cujo fundamento se assenta na necessidade de politização das atividades propostas, desde a confraternização cultural até as rodas de conversa com os ingressantes em sala de aula. Esta compreensão de como deve ocorrer uma semana de integração, podemos afirmar com sóbria tranquilidade, foi apoiada por ampla maioria do corpo discente de História, apesar de um grupo reduzido de colegas do curso ainda tentarem promover a banalização das atividades com práticas machistas, homofóbicas e humilhantes, que há alguns anos vinham provocando uma péssima impressão de quem são e como se comportam os estudantes de história da UFU. Esta concepção ideológica de hierarquização entre veteranos e calouros foi combatida desde o início pelo C.A. e por vários outros estudantes que comungam deste mesmo entendimento.

A partir dessa compreensão, no primeiro dia foram realizados espaços de confraternização que, ao contrário do que afirmou a mídia, não duraram 24 horas, mas tiveram início no período da manhã, encerrando-se por volta das 13h e retornando a noite, por volta das 20h, uma vez que as turmas do curso se dividem nos turnos matutino e noturno.

Estes momentos de primeira socialização se distinguiram qualitativamente daqueles que vinham sendo realizados “tradicionalmente”, já que foram elaborados com o propósito de apresentar a produção cultural dos próprios estudantes do curso, que tiveram a oportunidade de fazer música ao vivo durante a recepção, e sem a reprodução de valores de opressão e preconceito.

As atividades tiveram que ser realizadas fora da universidade, tendo em vista que a administração da mesma suspendeu a possibilidade de reserva dos espaços físicos para a realização de atividades culturais e não vem demonstrando preocupação com a adequação estrutural para a promoção e oferecimento de cultura. Da mesma forma, simultaneamente aconteciam nas proximidades dos campi Santa Mônica e Umuarama, confraternizações de outros cursos, algo comum para o primeiro dia de aula em qualquer universidade.

No período da noite a atividade acontecia tranquilamente, assim como ocorreu pela manhã, sendo que por volta das 22h30min uma banda ainda se apresentava e estavam presentes cerca de 40 pessoas, momento em que a confraternização encaminhava-se para o seu término. Esta era a situação que se apresentava quando a Polícia Militar chegou ao local. Cinco viaturas se aportaram e antes do primeiro contato o som foi imediatamente interrompido. No entanto, verificou-se claramente a truculência com que o comandante e os demais policiais agiram desde a abordagem inicial, uns com fuzis em mãos e outros empunhando grandes porretes de madeira, exigindo de forma intransigente que os participantes do evento fossem retirados da casa num prazo máximo de cinco minutos.

Um dos moradores, seguindo as ordens, solicitou aos estudantes que se retirassem da residência. Enquanto isso ocorria, o sargento, sem esperar ao menos o prazo estabelecido por ele mesmo (cinco minutos), ameaçava invadir a casa para fazer, em suas palavras, “um arrastão”. Alguns estudantes argumentaram, intimidados, que aquilo não seria necessário, pois a atividade já havia se encerrado. Ainda assim, o sargento insistiu que ninguém o impediria de entrar. Uma estudante apontou que para isso a apresentação de um mandado se fazia necessário. Na inexistência do documento, esta obrigação legal foi ignorada intransigentemente, apesar do apelo dos estudantes para que não se fizesse o uso da violência. Com a continuidade da argumentação sobre ilegalidade da invasão do imóvel, a estudante, membro da coordenação do Centro Acadêmico de História, foi arrastada de dentro da casa, agredida e algemada por dois policiais homens que a arremessaram sobre o capô da viatura com brutalidade sem alegação ou justificativa do motivo da prisão.

Diante da atitude da polícia que procedeu com o uso da violência arbitrária contra uma mulher, os estudantes que presenciavam a situação questionaram o porquê da prisão, sendo outra estudante também agredida com enforcamento por um dos policiais. O morador da casa, também membro da coordenação do Centro Acadêmico de História, que ainda tentava negociar através do diálogo, também foi detido sem nenhuma explicação, o que provocou ainda mais indignação e pânico nos estudantes que estavam presentes.

No momento que os policiais tentaram se retirar do local, os estudantes se dirigiram até a viatura onde estava a estudante no intuito de impedir que esta fosse levada por quatro homens sem a presença sequer de uma policial mulher. O PM que estava na direção do veículo o lançou contra os estudantes que, em seguida, foram brutalmente espancados com cassetetes e porretes por policias que retiraram sua identificação, causando terror e desespero nos estudantes, que corriam na tentativa de se protegerem. Vários deles sofreram ferimentos e escoriações, tendo como caso mais grave o de um estudante que foi atingido na cabeça quando tentava impedir que uma amiga fosse agredida.

Durante a pancadaria, um ex-professor da UFU, que passava pela rua, tentou mediar e pacificar a situação buscando dialogar com um dos policiais, quando foi surpreendido com um golpe no abdômen. O rapaz reagiu em sua defesa e conseguiu correr por alguns metros, sendo alcançado por um policial que o espancou violentamente e também o levou preso.
Após o ocorrido, as viaturas seguiram com os estudantes detidos, que foram levados pelos policiais sem que soubessem para onde. Durante todo o tempo em que estiveram em poder da PM, os estudantes foram humilhados e ameaçados, inclusive de morte. No posto policial os dois rapazes ficaram por duas horas e meia algemados no camburão fechado, sem nenhuma ventilação e sem acesso a direitos básicos como matar a sede, ir ao banheiro, ou fazer contato com familiares e um advogado. Enquanto permaneciam no camburão, em vários momentos os policiais faziam ofensas a ambos, sendo um deles acusado de maneira muito específica pelo termo “comunistinha”. A estudante foi mantida algemada em uma sala da delegacia na presença de policiais que permaneceram todo o tempo hostilizando-a e, por vezes, fazendo piadas. Todos foram levados à UAI, porem não foram averiguados os hematomas, apenas se efetuou um cadastro.

Em seguida, foram reconduzidos ao posto policial e, posteriormente, à 16ª Delegacia da Polícia Civil. Os advogados foram chamados pelos companheiros que não haviam sido presos e, mesmo assim, os policiais que faziam o plantão na delegacia não quiseram recebê-los de imediato e permitir que conversassem com os estudantes, já encarcerados. Mesmo feridos, os jovens que se encontravam na festa dirigiram-se para a 16ª DPC para obterem informações sobre seus companheiros. A imprensa também estava presente para cobrir o fato. Ao entrevistarem o sargento que conduziu a operação, outros policiais rondavam o local com o intuito de intimidar os estudantes e familiares, inclusive apontando armas de fogo na direção deles. Os estudantes detidos foram liberados por volta de 5 horas da manhã depois de uma longa e desgastante negociação.

Os estudantes apresentaram denúncia ao Ministério Público sobre a ação dos policiais militares envolvidos. Desde o início do ocorrido ficou evidente a intenção prévia dos policiais em não estabelecer o diálogo, mas aplicar o uso da violência e abuso de poder. Ficou clara também a consciência dos policiais da ilegalidade da ação empreendida, temendo ser identificados e, em alguns momentos, comentando com hostilidade a possibilidade de somar “mais um processo” para os mesmos. Verificou-se, ainda, que o relatório do boletim de ocorrência da Polícia Militar traz uma versão completamente inverídica, mentindo sobre falas e fatos e forçando grosseiramente caracterizações dos envolvidos em situações de delito.

O ato de violência praticado contra uma mulher estudante que não tinha nenhuma condição de oferecer resistência a dois policiais homens, bem como a outras estudantes que também foram violentadas sem explicação, chama atenção e causa indignação para uma situação em que mais uma vez as mulheres estão sujeitas ao uso da força como forma de opressão. Questiona-se o papel do Estado na sua função de proteção à mulher quando suas instituições (no caso a PM) são os próprios agentes desta violência.

Frequentemente vêm a público, ações policiais em que ficam explícitos os abusos de autoridade, violações aos direitos humanos e criminalização dos movimentos sociais. Casos como a desocupação dos estudantes da reitoria e moradia da USP, a desocupação de Pinheirinho em São José dos Campos, os assassinatos de trabalhadores rurais e indígenas, são exemplos dessa crescente onda de repressão por parte dos mecanismos de coerção do Estado.

Em Uberlândia, o Movimento Estudantil da UFU vem sofrendo a mesma natureza de perseguição política e coação. Onze estudantes estão sendo processados devido a uma ocupação a favor da democracia na UFU e policiais disfarçados foram identificados em manifestações realizadas neste ano de 2012 (Movimento contra o aumento do passe e Ato em solidariedade a Pinheirinho). Os integrantes do Centro Acadêmico de História também participam dessas mobilizações e já vinham temendo por perseguições devido a sua militância. A utilização de termos como “comunistinha” e “agitadores” pelos policiais aos estudantes, durante a noite do dia 27/02, aponta para que a PM tinha a identificação prévia dos mesmos.

Diante deste grave acontecimento, repudiamos a ação da polícia bem como a violência e repressão institucionalizadas pelo chamado “Estado democrático de direito”. Em cidades como Uberlândia, e de modo mais amplo no estado de Minas Gerais, ações policiais truculentas se revelam uma constante, tanto mais quando direcionadas contra a população pobre ou a outros grupos estigmatizados socialmente. O aparato policial é controlado e opera de acordo com interesses políticos, econômicos e sociais dos segmentos dominantes. Na perspectiva adotada por esses grupos, que se mantêm há décadas no poder e, não raro, estão associados diretamente à Ditadura Militar, todas as formas que destoem de sua concepção do que seria “ordem” devem ser perseguidos. Assim, não só a ação popular organizada, mas mesmo as formas de diversão e lazer alternativos são duramente combatidos. Devemos lembrar que a repressão empreendida não se limita ao campo das ações policiais, mas alinhada com estas. Podemos citar os exemplos recentes da máquina de propaganda contratada pelo governo mineiro para criar uma imagem negativa dos professores da educação básica que estavam em greve. Ou ainda, a progressiva restrição dos grupos dirigentes da UFU para utilização dos espaços físicos da universidade para realização de atividades culturais organizadas pelos estudantes, utilizando como argumento, mais uma vez, uma imagem estigmatizada difundida pela mídia, mas sem a proposição de um efetivo debate da questão junto a comunidade interna ou externa.

A constituição de outro modelo de segurança pública, não simplesmente opressor ou coadunado com interesses dos grupos que estão no poder, revela-se como condição fundamental para consolidação de uma sociedade verdadeiramente democrática. A violência policial, apresentada de modo espetacularizado em muitos programas da televisão brasileira, mais desumaniza homens e mulheres do que aponta para efetiva extensão e consolidação dos direitos humanos e da cidadania. Certamente esse não é o caminho para que superemos a criminalidade e as contradições sociais.

Convocamos o conjunto dos estudantes e a comunidade em geral a nos colocarmos em campanha permanente em defesa dos direitos humanos e da liberdade de expressão e manifestação.


Uberlândia, 03 de março de 2012
Centro Acadêmico de História da UFU – Gestão “O Tempo não Pára”




Foto tirada por um vizinho do local em que a confraternização dos calouros estava acontecendo. Havia oito viaturas no local e cerca de 20 policiais fortemente armados. Em uma entrevista a mídia local a PM divulgou que tinha mobilizado apenas três viaturas.


Boletim de Ocorrência da Policia Militar de Minas Gerais

O coletivo Vamos à Luta, repudia a ação da policia contra estudantes da UFU, que foram injustamente agredidos durante a confraternização do curso de história. 

terça-feira, 6 de março de 2012

Nota de apoio do CAAP da PUC/RS aos estudantes da PUC-Minas.

O Centro Acadêmico da Faculdade de Comunicação Social da PUCRS (CAAP) apóia a luta dos estudantes da PUC Minas. A pauta do aumento das mensalidades afeta alunos de todo o Brasil que muitas vezes, pela falta de vagas nas universidades publicas, ficam reféns da ânsia de lucro das universidades privadas.

Os aumentos costumam ocorrer de maneira abusiva e não estão de acordo com a realidade que o país vive, submetendo muitos estudantes a abandonar a faculdade ou fazer menos cadeiras do que gostariam. Somos contra a mercantilização da educação, nós do CAAP estamos representados pelo movimento contra o aumento das mensalidades na PUC Minas.

http://www.caaponline.com/

domingo, 4 de março de 2012

A luta na PUC BH para revogar o aumento




A PUC BH não será a mesma após as lutas de 2012 contra o aumento de mensalidades.
O inicio do ano letivo pegou os estudantes de surpresa com um aumento de mais de 9%, o que significa o dobro da inflação, sem explicação nenhuma por parte da universidade. Em fevereiro mesmo antes do carnaval, os estudantes do Campus de São Gabriel deram o ponta pé inicial realizando assembleias e atos contra esse absurdo aumento.


Os dados das universidades particulares apontam que há média de 30% e evasão e um dos grandes vilões é o aumento de mensalidades. Universidades por diversos cantos do Brasil estão sendo fechadas, ou incorporadas por outras instituições maiores. A única forma de combater a evasão escolar é congelando o aumento das mensalidades, renegociando a dívida dos inadimplentes e aumentando a verba para assistência estudantil.


No último dia 01/03 houveram duas mobilizações gigantescas no Campus do COREU (Coração Eucarístico), que tem mais de 24 mil estudantes. A mobilização começou no turno da manhã com mais de 800 estudantes. No turno da noite a manifestação percorreu vários corredores da universidade, parando de prédio em prédio para os estudantes descerem e aderirem à manifestação.


Com palavras de ordem que diziam: “Reitor, eu não me engano, o meu dinheiro vai pro vaticano” e “Ai meu Deus, estou passando mal, pegaram meu dinheiro pra investir na catedral”, os estudantes questionavam mais um aumento injustificado, sem retorno para a qualidade do ensino. A manifestação reuniu quase 3 mil estudantes, percorreu a universidade e fechou a rua Dom José Gaspar, em frente ao campus do COREU da PUC BH, com diversos setores e coletivos estudantis que participaram e levaram solidariedade.


Na manifestação os estudantes foram bastante contundentes ao afirmar que, se a Reitoria não sentar pra negociar, a PUC vai parar dia 13/03. Infelizmente a atual direção do DCE deixou a desejar ao participar muito pouco da manifestação, pois poderia cumprir um papel decisivo se tivesse uma campanha contra o aumento de mensalidades com cartazes, adesivos e abaixo assinado que pudesse potencializar essa mobilização.


Intensificar a mobilização até revogar o aumento
É necessário mobilizar todas as salas de aula da PUC para a grande manifestação do dia 13/03. Nós do coletivo Vamos à Luta, estamos desde já mobilizando os estudantes e também pedindo apoio e solidariedade do movimento estudantil nacional e tentando articular com outras universidades a luta contra o aumento. Os estudantes e o DCE da UNAMA, já se somaram, votando uma moção de apoio com cerca de 400 estudantes em plena calourada e marcaram uma campanha contra o aumento das mensalidades neste mês.
Dia 13/03 os estudantes serão a voz para barrar o aumento!