domingo, 24 de novembro de 2013

MANIFESTO: JUVENTUDE VAMOS À LUTA UFMG - NOVEMBRO 2013

Em 2013 o Brasil foi sacudido com as jornadas de junho que desafiaram os políticos e as autoridades, os milhões de jovens que foram as ruas não estão dispostos a aceitar as péssimas condições de vida destinada a nossa geração. Convivemos com vários problemas sociais: no transporte, serviços públicos, no trabalho cada vez mais precarizado e a alta inflação que prejudica até as nossas necessidades elementares. Enquanto isso, os governos cortam gastos da áreas sociais, vendem o patrimônio público, destinam quase metade do orçamento para os banqueiros, reprimem os que ousam lutar e saqueiam os cofres públicos para engordar os seus bolsos. Na UFMG, a política do Governo Dilma de privatizações, precarização dos serviços públicos e repressão aos estudantes mostra a lógica que tentam implementar na Universidade: atender aos interesses dos ricos em detrimento dos sonhos de uma juventude trabalhadora.

LUGAR A JUVENTUDE TRABALHADORA! 
MAIS VERBAS PARA A EDUCAÇÃO!
Muitos estudantes da UFMG necessitam trabalhar para se sustentar. Não existe na UFMG, nenhuma política concreta que auxilie esses estudantes a aproveitarem todas as oportunidades oferecidas pela universidade. Os projetos de bolsa-trabalho e/ou estágios são insuficientes, pois oferecem bolsas que giram em torno de 400 reais, que não é suficiente para arcar com as despesas do dia a dia, além disso o estudante realiza um trabalho de servidor, sem nenhum direito trabalhista. Somos contra o trabalho precarizado. Para atender a juventude trabalhadora é necessário mais verbas para a educação e esse não é só um problema da reitoria, mas também do governo federal.
Dilma dizia que iria atender as reivindicações por mais verbas para educação expressa em milhares de cartazes em junho. Grande Mentira! O orçamento do governo para 2014 prevê apenas cerca de 3% das verbas para educação, enquanto um trilhão de reais (42%) vai para o bolso dos mais ricos através do pagamento da dívida pública. Os estudantes precisam de mais verbas para a educação pública já! Defendemos o fim do pacto de ajuste fiscal de Dilma, governadores e prefeitos e a suspensão imediata do pagamento dívida, realizando auditoria de todos os contratos e destinando esses recursos para a educação e áreas sociais! Queremos o aumento do numero das bolsas e que os valores sejam reajustados anualmente em negociação direta entre a reitoria/MEC e uma comissão dos bolsistas juntamente com o DCE! Exigimos que o valor das bolsas não seja inferior ao salário mínimo, nem que existam restrições para obtenção das mesmas, tarifa zero para o bandejão!


POR UMA PRÓ-REITORA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL, SEM A FUMP!
Na UFMG a assistência estudantil é gerida por uma fundação de direito privado – FUMP. No ano passado, fruto da greve nacional, conseguimos aumentar o repasse para a assistência estudantil. Mas na UFMG a assistência estudantil só vem piorando, raros são os casos de estudantes que conseguem ser assistidos pela FUMP, o bandejão é um dos mais caros do Brasil. Essa fundação gasta 3 milhões por ano para manter a máquina burocrática e mesmo assim está a beira da falência. Somos contra a proposta da reitoria que pretende criar uma Pró-Reitoria de Assistência Estudantil, mas manter a FUMP. Só é possível ter assistência estudantil de qualidade com mais verbas para a educação e com uma Pró-Reitoria gerida pela comunidade acadêmica, de forma democrática e transparente, sem a FUMP.

NÃO À EBSERH E AS PRIVATIZAÇÕES DE DILMA!
A EBSERH é a forma que o governo Dilma (PT/PMDB/PCdoB) encontrou de privatizar os Hospitais Universitários (HU’s), tentando esconder que está privatizando. Mas garante a dupla-entrada nos HU’s: pelo SUS e pelos planos de saúde privados. O plano de privatização segue seu curso e vai agora para votação no Conselho Universitário, mesmo com um plebiscito com vitória esmagadora de não adesão à EBSERH. Nessa mesma lógica, o governo Dilma afirma que o leilão do Campo de Libra não é privatização, mas entrega o pré-sal para as multinacionais estrangeiras a preço de banana para poder garantir o pagamento da dívida pública e engordar o bolso dos banqueiros e ainda colocou o Exército e Força de Segurança Nacional nas ruas para reprimir os manifestantes como fez em junho quando derrubamos o aumento das passagens de ônibus. Dilma privatiza o petróleo, portos, aeroportos, rodovias, os HU’s, etc.
Porque queremos barrar a EBSERH? Nas ruas em junho, milhares de pessoas reivindicavam uma saúde pública “padrão Fifa”. A EBSERH é a contramão disso. Entendemos que os HU’s tem que estar à serviço dos estudantes que tem lá sua prática de ensino, dos servidores que lá trabalham, e dos usuários do SUS. Por isso, defendemos um Hospital 100% estatal e administrados pelos trabalhadores da saúde conjuntamente com a comunidade acadêmica e a população usuária! Fim das privatizações e da repressão ordenada por Dilma, Anastasia e Lacerda! Fim dos contratos com a FIFA e empreiteiras destinando esses recursos para educação, transporte e saúde estatais! Revogação do Leilão de Libra e de todas as privatizações! Por uma Petrobras 100% estatal e sob controle dos trabalhadores! Fim da repressão contra as manifestações! Pela desmilitarização da PM!

A FALSA DEMOCRACIA DA CONSULTA PARA REITOR E DOS CONSELHOS SUPERIORES!
Na consulta para eleger o reitor da UFMG a chapa “Outra UFMG É Possível” foi vitoriosa, mas apesar da maioria dos votos não foi para o segundo turno, pois os votos são divididos da seguinte forma: os docentes possuem 70% de peso e os outros 30% são divididos entre discentes e técnico-administrativos. Na realidade a comunidade acadêmica não tem nenhum poder de decisão, se chama “consulta”, pois o poder real de eleger o reitor é do Governo Federal, por intermédio do Ministro da Educação. Os Conselhos Superiores seguem a mesma forma anti-democrática.
Assim como no REUNI, governo e reitorias propõe que a votação da EBSERH ocorra numa reunião de Conselho Superior da Universidade. Este é um espaço totalmente anti-democrático onde 70% das vagas são destinadas a professores e os pró-reitores – em sua maioria eleitos por ninguém. Um Conselho burocrático que nada faz para resolver os problemas que enfrentamos na Universidade (bolsas, bandejão, etc). Não foi à toa que as Câmaras e Assembleias Legislativas foram atingidas nas manifestações, pois são espaços que não representam a população, que estava na rua questionando a falsa democracia onde poucos privilegiados decidem.
Devemos seguir o exemplo dos estudantes de São Paulo que ocupam a reitoria da USP exigindo democracia. Defendemos a realização de um Congresso estatuinte livre, autônomo, soberano e democrático para rever nosso estatuto e os mecanismos de decisão da UFMG. Esse é o fórum legitimo, eleito na base, que poderia gestar um novo conselho da comunidade universitária composto pelas três categorias de forma paritária (com igual peso) garantindo decisões democráticas sobre os rumos da instituição e decidindo o modelo de administração da UFMG. De forma imediata defendemos a composição paritária de todos os Conselhos da UFMG e que as próximas eleições para reitor sejam realizadas com base no voto universal (cada pessoa é igual a um voto) desconhecendo a lei dos 70%. Mesmo procedimento que devemos utilizar imediatamente nos demais órgãos.

NAS ELEIÇÕES DO DCE, DERROTAR A DIREITA E O GOVERNO!
Infelizmente, a atual gestão do DCE-UFMG (LPJ e Kizomba/PT) esteve muito aquém de organizar essas lutas na Universidade. Não chama os estudantes a organizar uma luta que enfrente e derrote a reitoria e os governos. E isso não é à toa. A maioria dos membros do atual DCE são base de Dilma e alguns estão enfiados nos gabinetes petistas. Em um ano de gestão, apesar de muita propaganda, pouco fizeram com relação a EBSERH, a FUMP e o bandejão, preferiram organizar debates com parlamentares do PT e quando os estudantes ocuparam a reitoria durante a jornadas de junho, o DCE transformou a ocupação num palanque para professores, em sua maioria fura-greve e pró-governo.
O DCE não convocou os Conselhos de CA’s e DA’s (CEB’s) para discutir junto com os cursos como organizar as lutas. Alguns grupos que estão no DCE são os mesmos grupos que estão na direção da UNE, fazem parte dos governos que reprimiram os manifestantes nas ruas, que mataram o Amarildo e que bateram nos professores. Não podemos mais tolerar a juventude dos gabinetes no DCE-UFMG. É necessário seguir o exemplo das lutas anticapitalistas que percorrem o mundo e possuem grande protagonismo da juventude: nas revoluções árabes no Norte da África, na Turquia, os indignados na Espanha, as mobilizações da geração “à rasca” em Portugal, a luta contra a educação privada no Chile, o Occupy Wall Street e as greves gerais na Grécia e na Europa!

Infelizmente o conjunto dos estudantes organizados pela esquerda não conseguiram se unificar em uma única chapa para derrotar o governismo e a direita. Na nossa opinião, isso se deve a fragilidade da própria esquerda e pela ausência da construção de um polo alternativo de lutas durante o ano. A Juventude Vamos à Luta está apoiando a Chapa 1 – NADA É IMPOSSÍVEL DE MUDAR, porque consideramos a chapa que mantém um perfil mais claramente anti-burocrático e que chama o conjuntos dos estudantes a refazer o movimento estudantil de forma radicalmente democrática e mobilizada. Também consideramos a chapa 2 e 3 como representantes do movimento estudantil de esquerda e independente dos governos. Chamamos todo o movimento estudantil a rejeitar o governismo e a burocracia representadas na chapa 5 e 6 (atual gestão) e as alternativas de direita da chapa 4 e 7. Independente do resultado eleitoral, fazemos o convite a todxs os estudantes e coletivos que tem acordo com essas reivindicações e/ou que tenham outras propostas parecidas para construir juntos um movimento estudantil de lutas, democrático, independente da reitoria e dos governos, devemos fortalecer o movimento, com um plano de lutas unificado, a começar pela mobilização contra a EBSERH que está para ser votada no Conselho Universitário.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

REJEITAR A FALSA DEMOCRACIA NA UFMG

VOTO NULO NO SEGUNDO TURNO


Nos dias 12 e 13 de novembro acontecerá o segundo turno da consulta para Reitor da UFMG. A chapa 1 “Outra UFMG É Possível” (Wander e Rosilene) foi vitoriosa em número de votos no primeiro turno, obteve mais de 4.500 votos, bem a frente das chapas 2 e 3 que obtiveram 2.515 e 2.397 respectivamente. Apesar da maioria dos votos a chapa 1 não irá para o segundo turno, pois na UFMG a consulta para Reitor não é paritária e os docentes possuem 70% de peso nos votos da consulta, restando outros 30% que são divididos entre discentes e técnico-administrativos.

Infelizmente essa é apenas uma das diversas faces antidemocráticas da estrutura da UFMG. Pois na realidade a comunidade acadêmica não tem nenhum poder de decisão, se chama “consulta”, pois o poder real de eleger o reitor é do Governo Federal, por intermédio do Ministro da Educação. Ou seja, um grupo restrito de professores indicaseus representantes, realizam uma consulta antidemocrática e o Governo Federal nomeia. Esse é o ciclo vicioso de uma estrutura de poder autoritária na UFMG.

O reitor é o topo dessa estrutura, mas isso se repete em todas as outras instâncias, que são tão antidemocráticas quanto à consulta, como o Conselho Universitário onde a fórmula também é 70% docentes – muitos nomeados pela própria reitoria, 15% discentes e 15% técnico-administrativos. Os professores, que estão muitas vezes atrelados com projetos do governo, com cargos de confiança na reitoria e que realizem pesquisas remuneradas por grandes empresas privadas, mandam na universidade sob seus próprios interesses.

Por isso as duas candidaturas que foram para o segundo turno defendem o projeto do Governo Dilma de privatização do Hospital das Clínicas (EBSERH) e a manutenção da FUMP, uma fundação privada para gerir a assistência estudantil. Além disso, utilizam dessa estrutura para perseguir os divergentes, como a proibição de eventos culturais e os vários casos de estudantes perseguidos pela reitoria da UFMG.

A juventude e os trabalhadores saíram saiu às ruas do país no mês de junho para rejeitar a burocracia, as decisões tomadas de cima para baixo. Por não aceitarem a falsa democracia ondem os ricos e os corruptos tomam as decisões,por isso os grandes eventos como a Copa do Mundo, têm sido rechaçados, pois fornecem milhões para as empreiteiras em detrimento dos investimentos necessários para a saúde ea educação. A UFMG precisa estar sintonizada com os acontecimentos do país, só assim poderemos construir uma Universidade que esteja a serviço da maioria do povo trabalhador e da juventude.

A única forma de conquistarmos essas mudanças é a luta, devemos confiar no poder de mobilização, que conquistou vitórias em junho. Para isso é necessário à unidade dos estudantes e dos técnicos-administrativos junto aos professores que não aceitam esse modelo de universidade. Precisamos rejeitar as velhas direções do movimento, que estão atreladas aos interesses da reitoria e dos governos.

Nenhuma das candidaturas está disposta a se chocar com essa estrutura de poder e com o projeto de educação precarizante e privatista do Governo Dilma. Por isso não podemos depositar ilusões no segundo turno, nenhuma das chapas está em consonâncias com as mudanças necessárias e integram a velha lógica burocrática, chamamos toda a comunidade acadêmica a VOTAR NULO e rejeitar a falsa democracia na UFMG.

Associação Sindical Unidos Pra Lutar


Juventude Vamos à Luta

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Estamos sofrendo um golpe!

Não aceitaremos fraudes em nossa escola!

Dia 04 tem eleição! Sim, eleição para o congresso da UBES (união brasileira dos estudantes secundaristas) a representação máxima dos estudantes de ensino médio no Brasil, onde será eleita a nova direção para a entidade.
É provável que a maior parte da escola não saiba o que é a UBES, já que a muitos e muitos anos ela esta fora de nossas escolas. Essa entidade foi responsável por muitas conquistas par a juventude e para o Brasil.
O problema é que hoje a UBES é um braço do Governo Dilma, apoiando todas as suas medidas, ainda que isso signifique abrir mão de direitos históricos dos estudantes, como a meia-entrada!

É isso mesmo, a UBES, dirigida a mais de 20 anos pela UJS (união da juventude socialista) para defender os projetos de Dilma com a copa e ao enriquecimento dos empresários, apoio o estatuto da juventude que dentre tantas coisas determina que só teremos direito a 40% das bilheterias (de cinema e teatro por exemplo) para comprar ingressos a meia entrada! A UBES deveria assegurar nossos direitos e não negociá-los a troco de cargos no governo e privilégios! Por isso somos Oposição a direção da UBES e acreditamos na necessidade de organizar os estudantes em cada escola para disputarem uma nova direção para o movimento estudantil, que seja independente dos governos e das diretorias.


Estão nos dando um golpe!

A UJS inscreveu a Renê no processo eleitoral por meio de um grêmio falso, sem editais de eleições e passagem em sala para avisar os estudantes sobre o processo eleitoral.
Devido a inexistência de ponto fixo que seja referencia para os estudantes, para se realizar a inscrição de chapa, acordamos com o coletivo que mandaríamos os documentos de nossa chapa via email. Contudo, Habner do 3° matutino, militante da ujs e responsável pela inscrição do Grêmio FALSO nos mandou um email dizendo que não aceitaria nossa chapa. Alem de tudo, mudaram o dia da eleição, que seria 27/09, e mantiveram a data de inscrição de chapas, ou seja MAIS DE 40 ESTUDANTES FORAM E CONTINUAM IMPEDIDOS DE PARTICIPAR DA ELEIÇÃO.
Portanto chamamos vocês a não votarem nesse processo, cheio de fraudes, e construir uma nova eleição onde todos os estudantes possam participar!
Contato: Janaina 92074333 Gabriela:91611676 Jennefer: 91841824

https://www.facebook.com/juventudevamosalutauberlandia
http://vamosalutanacional.blogspot.com.br
https://www.facebook.com/PrimaveraRadical

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Nota de Ruptura do Coletivo Vamos à Luta com a Chapa 2 - Ousadia para Eleições do Da FAFICH - UFMG

Juntamente com estudantes independentes e da ANEL/PSTU, o Coletivo Vamos à Luta iniciou a construção de uma chapa unitária de esquerda para concorrer as eleições do Diretório Acadêmico da FAFICH na UFMG. Nossa intenção era construir um Diretório Acadêmico que estivesse a serviço da organização e mobilização dos estudantes, com uma estrutura radicalmente democrática, com um perfil de combate e de oposição frontal a Reitoria, a Diretoria da FAFICH e ao DCE governista. Em sintese, um DAFAFICH que estivesse em sintonia com o espírito das jornadas de junho.

Ao passo que a campanha se desenhava os militantes da ANEL passaram a tentar impor e definir toda a política de construção da chapa, desde o nome até a "linha" do discurso na passagem em sala, fato que não refletia a realidade de uma chapa plural formada majoritariamente por estudantes independentes, nem muito menos um processo de construção democrático com esforço de todas as partes (principalmente das forças políticas) para garantir a unidade, uma vez que eramos a única chapa de esquerda, as outras são ligadas ao PT, Consulta Popular e PSDB, ou seja, existia a necessidade de um consenso político para derrotar a direita e o governismo. A democracia nada tem a ver com manobras de uma força política para impor sua vontade a outras correntes e aos próprios estudantes.

Os companheiros da ANEL construíram o material da chapa, sem fazer o combinado, em vez de enxugar os textos consensuais, cortaram o texto construído democraticamente e simplesmente colocaram um texto escrito por um de seus militantes no lugar. Repetiu-se esse cenário em quase todos os textos e tópicos do material da chapa. O material foi impresso antes de ser aprovado pelo conjunto da chapa, pois segundo eles poderíamos perder tempo para fazer campanha. Perguntamos aos companheiros, foi por esse motivo que suprimiram os textos com maior consenso e colocaram em sua grande maioria, os textos escritos pelos militantes da ANEL?

O seminário da chapa que servia para atrair pessoas para construir conosco um novo movimento estudantil, pautado principalmente pela base, foi esvaziado, seguiu-se assim também as reuniões a cada dia que se passava. Enquanto isso os militantes da ANEL/PSTU propunham horários de reunião em que só eles poderiam comparecer com poucos militantes independentes. Os companheiros demonstraram que não conseguem ser democráticos e responsáveis. A lógica dos companheiros foi de aparelhar. E se agiram assim durante alguns dias de construção, tudo nos leva a crer que também fariam isso numa possível gestão.

Esses elementos nos levam a acreditar que para os companheiros da ANEL o mais importante não é derrotar o governismo na base e nem garantir um Diretório Acadêmico democrático a serviço da luta dos estudantes. A política desse setor teve como centro a pura e simples disputa de aparato e colocar o DAFAFICH a serviço da construção de um aparato maior, a ANEL. Política que justifica a paralisia e inércia da última gestão do DAFAFICH, que era composta pelos militantes da ANEL. Não concordamos com essa política que prioriza o aparato em detrimento na necessidade dos estudantes.

Por esses motivos, nos juntamos aos militantes independentes das Ciências Sociais, e nos retiramos da Chapa 2 – Ousadia, cientes que continuaremos batalhando nas bases pela construção de uma nova direção politica para os estudantes, no dia-a-dia da sala de aula e nos enfrentamentos cotidianos.


Diogo Henrique Silva
Pedro Otávio Maia Garcia
Everton Luz de Paula Júnior
Danilo Bianchi

29 de Agosto de 2013
Coletivo Vamos à Luta FAFICH

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O que o Movimento Estudantil temia: mais impactos negativos da Política REUNI.

Após quase seis anos da aprovação do REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão  das universidades), programa este ‘enfiado goela abaixo’ pelo então presidente Lula (PT) às universidades federias e apoiado pela direção majoritária da UNE (PT/PCdoB), presenciamos no último Conselho Universitário (CONSUN) da UFU, mais uma  das consequências reais que esse projeto de reforma universitária trouxe. O REUNI é um programa que precariza ao invés  de  melhorar as universidades públicas brasileiras, como se prometia. O movimento estudantil de fato, à esquerda da direção majoritária da UNE, que desde a aprovação desse projeto já alertava os danos dessa reforma para as universidades (e na ocasião ocupou diversas reitorias contra a adesão nessa reforma, enquanto a majoritária apertava a mão do Lula, parabenizando pelo projeto) vê agora até mesmo os mais conservadores professores tendo que reconhecer que o REUNI não foi tão bom quanto prometia o governo PT/PMDB.
Nesse ano de 2013 vimos os recursos do REUNI chegarem ao fim, cortes de verbas na educação (principalmente para as áreas de assistência estudantil) e mais um corte de orçamento para as aéreas sociais anunciados no ulitmo dia 22 de julho pelo governo. Para além disso, esses novos cursos criados a partir do REUNI não tem ainda a estrutura necessária para existir mas já estão formando turmas. A situação atual que temos na UFU, em relação aos cursos e campi criados pelo REUNI, não é nada diferente das outras universidades. O Restaurante Universitário (RU) que já não suportava o total de estudantes depois do REUNI piorou ainda mais, tendo atualmente filas intermináveis. As bolsas de assistência estudantil não atendem a todos os estudantes que dependem desse auxílio para permanecerem em seus cursos, elevando assim o número de evasão de discentes.
O Campus Patos de Minas, criado pelo REUNI vive uma situação bem mais problemática que os outros campi da UFU: não possui prédio próprio até hoje (passados três anos desde que os cursos foram implementados), com problemas de licitação e da situação do terreno. A estrutura do campus foi levada para o CONSUN a fim de buscar uma solução para que os estudantes de lá possam concluir sua formação com o mínimo de estrutura. A proposta colocada no conselho para solução desse caos foi de suspender a entrada de novos discentes nos cursos deste campus, até que sua estrutura esteja de acordo com a necessidade dos estudantes. Esta proposta dividiu a opinião dos docentes, alguns contra outros a favor, e o questionamento que surge para os professores que são contrários a essa posição é: o receio deles de suspender a entrada até que melhore as condições estruturais do curso, quer dizer que não há uma previsão rápida para a solução dos problemas de Patos de Minas? Até quando esta situação irá perdurar? Essa suspensão deve servir para pressionar a reitoria para que melhore a situação dos campi avançados. Vale lembrar que o grupo que está hoje na reitoria é o mesmo que em 2007 fez uma reunião as escuras, sem a convocação da representação discente, longe do movimento estudantil que lutava contra a aprovação do REUNI na UFU em frente à reitoria e aprovou a adesão da UFU ao REUNI.
Como colocado pelos professores no conselho, os demais campi como Monte Carmelo e Pontal, além dos cursos de Uberlândia criados a partir do REUNI, também sofrem com a precarização em consequência dessa expansão inconsequente implementada nas Universidades Federais. Não devemos esconder as consequências que essa restruturação/precarização das universidades públicas do governo PT/PMDB trouxe para a universidade, os cursos criados pelo REUNI não tem a mínima condição estrutural para a formação com qualidade dos estudantes. O que aconteceu no último CONSUN em relação ao Campus em Patos de Minas não deve ser tratado como normal, temos que questionar o que foi o REUNI e não deixar que seja aprovado o suposto projeto de um REUNI 2.
Somos a favor de uma reforma nas universidades, mas não como ela foi colocada. Defendemos uma reforma na qual a estrutura necessária para a criação de um novo curso ou um novo campus na universidade, venha antes de os mesmos serem criados e não o contrário, como propôs a lógica do REUNI, onde foram criados cursos e campus e só muito tempo depois se começa a pensar na estrutura e na assistência estudantil para os estudantes destes cursos. A conjuntura atual nos mostra que estávamos mais do que certos em 2007 quando ocupamos várias reitorias pelo Brasil contra a aprovação do REUNI, pois já entendíamos que essa não é a lógica que queremos para uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade. Repudiamos a posição da direção majoritária da UNE (PT e PCdoB) e desse “novo” Campo popular (PT e Levante Popular da Juventude) que vem surgindo dentro da entidade, de apoio ao REUNI. Devemos analisar criticamente o REUNI e denunciar a precarização das universidades após o REUNI. Denunciar o governo (PT/PMDB) que abandona e sucateia cada vez mais a educação no país.

                                                                           



Vamos à luta, construir a universidade desejada!!

domingo, 16 de junho de 2013

NAS RUAS DE BH ATÉ A TARIFA CAIR!

CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DOS QUE LUTAM POR MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA

O país está em luta. As mobilizações ocorridas contra o aumento da passagem em várias capitais ganharam força e conseguiram vitórias, ao derrubar aumentos em Porto Alegre e Goiânia, por exemplo. Esse movimento tem relação direta com os efeitos da crise econômica internacional que tem levado milhares as ruas na Europa. Também reflete a luta dos trabalhadores e da juventude de países do mundo árabe e da Turquia.

O problema da juventude de São Paulo não são 20 centavos, como vários jornais afirmam na tentativa de desqualificar o movimento. Os paulistanos lutam contra a precarização das condições de vida. O mesmo ocorre nas ruas de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro.

O ano começou com a inflação na casa dos 6%, alta nos preços de vários itens da cesta básica, aumento das tarifas e colado a isso um reajuste insuficiente do salário mínimo. Isso de deve a política econômica do governo Dilma, privilegia o sistema financeiro e os empresários. Há ainda um pacote de privatizações e ataques aos direitos dos trabalhadores no momento em que fica claro que os bilhões destinados para a Copa só beneficiam os ricos, enquanto isso a crise econômica penetra mais forte em nosso país. Esses fatos estão na raiz da queda de popularidade de Dilma e do desgaste do PT.

A juventude em luta expressa a indignação contra inúmeros escândalos de corrupção e aos esquemas mafiosos dos governantes e demais políticos com os empresários. Também reflete o questionamento a essa falsa democracia onde um fascista preside a comissão de direitos humanos do congresso e um bandido controla o senado.

Enfrenta-se a política de Dilma, dos governadores e prefeitos. Objetivamente questiona-se o modelo de transportes centrado no setor privado, sem qualidade, superlotado e os engarrafamentos quilométricos nas ruas. Hoje o centro das manifestações são as principais capitais do país: São Paulo, Rio de Janeiro e BH.

Durante a Copa das Confederações tudo o que os governantes não querem é que o povo denuncie seus desmandos. Por isso tratam de criminalizar as lutas e reprimir brutalmente as mobilizações. Em Belo Horizonte as obras da Copa tem representado remoções violentas contra a população pobre e de rua. O governador Antonio Anastasia acionou a justiça para proibir qualquer manifestação durante a Copa das Confederações, criando um estado de exceção comparável a pior época da ditadura militar.

Agora Dilma se soma a essa repressão. Através do Ministro da Justiça, Eduardo Cardoso, utiliza a Policia Federal e a Força de Segurança nacional contra os manifestantes. Isso prova que petistas e tucanos estão do mesmo lado contra a população. Repudiamos a criminalização, sobretudo a que ocorre em São Paulo.


UNIFICAR A LUTA CONTRA OS AUMENTOS E POR TRANSPORTE PÚBLICO DE QUALIDADE! 

 É necessário que as categorias de trabalhadoresse unifiquem em suas demandas especificas com as mobilizações que estão ocorrendo. Incorporando suas pautas de reajuste de salários e melhores condições de trabalho junto à luta contra o reajuste das passagens.

Para triunfar, precisamos que mais e mais setores se incorporem na luta. Por isso devemos coordenar com movimentos sociais como as ocupações urbanas, movimento sindical, partidos de esquerda, dentre outros. Devemos utilizar os calendários do movimento como a jornada nacional de luta contra as obras da copa, as campanhas salariais das categorias, e outros processos.

Esforçaremos-nos para impulsionar e coordenar novos dias nacionais de protestos. Seguiremos nas ruas até a tarifa cair e até que exista uma real discussão sobre o transporte de nossas cidades. Nas ruas é possível vencer!

Exigimos:
- Derrubada dos aumentos!
- Basta de transporte caro, superlotado e com acidentes!
- Passe-livre para estudantes e desempregados. - Fim da repressão, dos processos e prisões! Liberdade aos presos políticos!
- Não a intervenção da Policia Federal e da Força de Segurança Nacional de Dilma e Cardoso!
- Unidade dos que lutam! Por reajuste salarial, melhores condições de trabalho e vida! Contra remoções! Por teto!
- Fim das isenções fiscais e reduções de impostos para essas empresas e o cancelamento das concessões e das Parcerias Público-Privadas. Basta de dinheiro publico para os empresários do transporte!
- Que todas as empresas que se negam a atender o povo de forma eficiente e se neguem a reduzir a tarifa, sejam municipalizadas.

 COLETIVO VAMOS Á LUTA BH – JUVENTUDE INDIGNADA DO PSOL

sábado, 15 de junho de 2013

FOTOS: 8 MIL OCUPAM AS RUAS DE BH NO 1o ATO CONTRA O AUMENTO DAS PASSAGENS

A JUVENTUDE CONTINUARÁ NAS RUAS ATÉ A TARIFA CAIR!
VIVA A NACIONALIZAÇÃO DA LUTA CONTRA O AUMENTO DAS PASSAGENS!



























* FOTOS RETIRADAS DA INTERNET E DAS REDES SOCIAIS.

domingo, 24 de março de 2013

NOTA SOBRE O TROTE NA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG



No dia 15 de março ocorreu um vergonhoso trote na UFMG que teve grande repercussão nas redes sociais e na mídia. O ato de racismo e machismo aconteceu no curso de Direito.
Estudantes veteranos amarraram um estudante em um poste e com o mesmo imobilizado fizeram uma saudação nazista, outra estudante sofreu a degradante situação de ser pintada com tinta preta, ficando amarrada a uma corrente, e segurando pendurado em seu pescoço os dizeres “caloura Chica da Silva”. De camisa social e bigodes de nazistas, estes veteranos são os representantes legítimos da estupidez que se perpetua dentro UFMG. Infelizmente não é um caso isolado, sabemos que cotidianamente são cometidos atos de machismo, homofobia e racismo nas universidades.
Apesar da conquista dos movimentos pelas cotas na universidade e da propaganda mentirosa do Governo Dilma, a universidade pública continua elitizada e restringida apenas a 4% da juventude brasileira. Infelizmente a realidade do nosso país é desigual e intolerante: a homofobia não é crime, nossa presidente veta o ensino da diversidade sexual nas escolas, a juventude negra é exterminada todos os dias nas favelas e um deputado racista e homofóbico é presidente da comissão de direitos humanos da câmara. A universidade não é uma bolha, portanto essa mesma lógica desigual e segregacionista da nossa sociedade tem seus reflexos na universidade e na juventude brasileira.
Com o povo negro a desigualdade e segregação tem sido ainda pior, o povo negro compõe a maior parte das favelas do Brasil, consequência da falta de políticas públicas de governos passados e atuais para dar aos negros e as minorias os tratamentos como iguais perante a lei, garantido na Constituição. São os negros que ocupam ainda 80% da população carcerária do Brasil, é latente a diferença entre população branca e negra nas funções com maior remuneração no mercado de trabalho. São hoje os negros e negros em maioria a camada mais pobre da população. Ainda são os negros os campeões de mortalidade na faixa etária de 19 a 24 anos. A razão para o preconceito é histórica, o povo negro sofreu com a escravidão no Brasil, e até hoje são aqueles que menos concluem o ensino médio, situação que reflete apenas, o atraso da consciência do país em relação a condição do negro enquanto excluído na historia. Não há nenhuma menção ao homem negro como herói nos ensinos básico, fundamental ou médio, não há nenhuma obrigação de estudar-se a cultura do povo africano que produziu a sangue e suor as riquezas do país. A situação da população negra no país é muito aquém do necessário, infelizmente as ideologias fascistas reproduzem pensamentos dos tempos dos escravocratas, e não podem ser tratadas como normais.
Na universidade pública apenas cerca de 20% dos estudantes se declaram negros ou pardos, sendo que representam aproximadamente 50% da população brasileira. Em cursos mais concorridos como Direito ou Medicina esse número é ainda menor. Não podemos mais aceitar atos de intolerância e preconceito nas universidades, por isso defendemos:

- Expulsão imediata de todos os estudantes envolvidos na prática do trote racista na faculdade de direito da UFMG.
- Punição a qualquer ato de descriminação (seja racial, social, de gênero ou homofóbica) promovido por estudantes e professores.
- Ampliação da política de cotas raciais, equivalente à proporção de negros e negros na sociedade.
- Aplicação da educação étnico-racial como disciplina obrigatória de todos os cursos.
- Promoção de disciplinas anti-homofobicas e anti-machistas nas Universidades.
- Fim do veto da presidente Dilma ao kit anti-homofobia nas escolas públicas.

Coletivo Vamos a luta!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

UM NOVO GOLPE PARA OS TRABALHADORES: O TETO DA APOSENTADORIA!





“Nós também mantivemos nossa clara opção: junto aos trabalhadores e aos servidores públicos votamos contra a Reforma da Previdência; preferindo manter a coerência de nossa palavra empenhada, a consequência com a defesa dos interesses dos trabalhadores, o respeito à histórica de lutas (...)”
João Batista Babá





Uma nova cara, uma velha política! 
      
           Um absurdo! A partir de hoje (04/02/2013), no Brasil, os servidores públicos nomeados terão teto na aposentadoria! O que isso significa? Que todo funcionário público, a partir de hoje, terá que pagar mais um imposto caso queira ter um salário igual ao que tinha quando terminar seu tempo de contribuição trabalhista. O Governo PT está muito semelhante com aquele que tanto criticava, o PSDB.
            Os trabalhadores que desejarem receber mais do que o teto imposto pelo governo na aposentadoria terão de integrar-se à Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp), cuja regulamentação foi publicada no Diário Oficial da União. É o início da privatização da Previdência Social!

Quem está por trás disso?
          

         Quem é autor do projeto? A Câmara Legislativa Federal. Quem aprovou? O Senado. Bem, os espaços comandados por Partidos como PT/PMDB/PC do B (Esses não são maioria apenas no parlamento e atualmente compõe a maior parte da direção da União Nacional dos Estudantes, representado pela suas juventudes UJS e Kizomba)  não estão do lado do povo e por isso acreditam que os trabalhadores merecem um baixo limite salarial pelo quanto trabalharam.
            Estes são os mesmos que defenderam Renan Calheiros como presidente do Senado Federal. Renan, o parlamentar dos empresários, é um dos envolvidos no recente escândalo do mensalão que, conseguiu, em 2003, uma “contrarreforma” da Previdência que também retira direitos dos trabalhadores  Coincidência ou não? É importante lembrar que Renan renunciou ao cargo de presidente da Câmara na última vez que o ocupou com receio de ser cassado.
            Essa postura dos parlamentares não reflete as vontades da população . Há pouco mais de seis meses, vivenciávamos uma forte e vitoriosa greve geral do setor educacional federal e mais de 40 categorias em greve pelo descaso em relação às condições de trabalho no Brasil. E esta nova lei foi a forma de resposta escolhida pelo governo federal. 

O Mundo lá fora dá o exemplo!

            Desde o norte da África e a resistência palestina, passando pela Espanha, Grécia, Portugal, México, Canadá os trabalhadores e a juventude enfrentando os altos índices de desemprego, corte de verbas, os planos de ajustes que os governos de todo mundo, sem exceção, tentam aplicar para cumprir as ordens do FMI (Fundo Monetário Internacional). Vivemos na Europa, atualmente, um processo de fortes mobilizações. Há menos de três meses ocorreu o chamado 14 N na Europa, foi uma Greve Geral Européia como forma de dizer que não pagaremos pelos interesses mesquinhos daqueles que “falsamente nos representam”.
            Sejamos a resistência palestina, o grito de liberdade mexicano e a indignação européia que o Brasil precisa. Não devemos aceitar o governo daqueles que defendem o interesse de poucos. Vamos à Luta, por um governo que de fato defenda a juventude e os trabalhadores! 

Arthur Henrique, estudante de Direito da Universidade  Federal de Uberlândia e  militante da Juventude indignada e Psolista , Vamos à Luta!