sexta-feira, 8 de novembro de 2013

REJEITAR A FALSA DEMOCRACIA NA UFMG

VOTO NULO NO SEGUNDO TURNO


Nos dias 12 e 13 de novembro acontecerá o segundo turno da consulta para Reitor da UFMG. A chapa 1 “Outra UFMG É Possível” (Wander e Rosilene) foi vitoriosa em número de votos no primeiro turno, obteve mais de 4.500 votos, bem a frente das chapas 2 e 3 que obtiveram 2.515 e 2.397 respectivamente. Apesar da maioria dos votos a chapa 1 não irá para o segundo turno, pois na UFMG a consulta para Reitor não é paritária e os docentes possuem 70% de peso nos votos da consulta, restando outros 30% que são divididos entre discentes e técnico-administrativos.

Infelizmente essa é apenas uma das diversas faces antidemocráticas da estrutura da UFMG. Pois na realidade a comunidade acadêmica não tem nenhum poder de decisão, se chama “consulta”, pois o poder real de eleger o reitor é do Governo Federal, por intermédio do Ministro da Educação. Ou seja, um grupo restrito de professores indicaseus representantes, realizam uma consulta antidemocrática e o Governo Federal nomeia. Esse é o ciclo vicioso de uma estrutura de poder autoritária na UFMG.

O reitor é o topo dessa estrutura, mas isso se repete em todas as outras instâncias, que são tão antidemocráticas quanto à consulta, como o Conselho Universitário onde a fórmula também é 70% docentes – muitos nomeados pela própria reitoria, 15% discentes e 15% técnico-administrativos. Os professores, que estão muitas vezes atrelados com projetos do governo, com cargos de confiança na reitoria e que realizem pesquisas remuneradas por grandes empresas privadas, mandam na universidade sob seus próprios interesses.

Por isso as duas candidaturas que foram para o segundo turno defendem o projeto do Governo Dilma de privatização do Hospital das Clínicas (EBSERH) e a manutenção da FUMP, uma fundação privada para gerir a assistência estudantil. Além disso, utilizam dessa estrutura para perseguir os divergentes, como a proibição de eventos culturais e os vários casos de estudantes perseguidos pela reitoria da UFMG.

A juventude e os trabalhadores saíram saiu às ruas do país no mês de junho para rejeitar a burocracia, as decisões tomadas de cima para baixo. Por não aceitarem a falsa democracia ondem os ricos e os corruptos tomam as decisões,por isso os grandes eventos como a Copa do Mundo, têm sido rechaçados, pois fornecem milhões para as empreiteiras em detrimento dos investimentos necessários para a saúde ea educação. A UFMG precisa estar sintonizada com os acontecimentos do país, só assim poderemos construir uma Universidade que esteja a serviço da maioria do povo trabalhador e da juventude.

A única forma de conquistarmos essas mudanças é a luta, devemos confiar no poder de mobilização, que conquistou vitórias em junho. Para isso é necessário à unidade dos estudantes e dos técnicos-administrativos junto aos professores que não aceitam esse modelo de universidade. Precisamos rejeitar as velhas direções do movimento, que estão atreladas aos interesses da reitoria e dos governos.

Nenhuma das candidaturas está disposta a se chocar com essa estrutura de poder e com o projeto de educação precarizante e privatista do Governo Dilma. Por isso não podemos depositar ilusões no segundo turno, nenhuma das chapas está em consonâncias com as mudanças necessárias e integram a velha lógica burocrática, chamamos toda a comunidade acadêmica a VOTAR NULO e rejeitar a falsa democracia na UFMG.

Associação Sindical Unidos Pra Lutar


Juventude Vamos à Luta