“Nós
também mantivemos nossa clara opção: junto aos trabalhadores e aos servidores
públicos votamos contra a Reforma da Previdência; preferindo manter a coerência
de nossa palavra empenhada, a consequência com a defesa dos interesses dos
trabalhadores, o respeito à histórica de lutas (...)”
João Batista Babá
Uma nova cara, uma velha
política!
Um absurdo! A partir de hoje (04/02/2013), no
Brasil, os servidores públicos nomeados terão teto na aposentadoria! O que isso
significa? Que todo funcionário público, a partir de hoje, terá que pagar mais
um imposto caso queira ter um salário igual ao que tinha quando terminar seu
tempo de contribuição trabalhista. O Governo PT está muito semelhante com aquele
que tanto criticava, o PSDB.
Os
trabalhadores que desejarem receber mais do que o teto imposto pelo governo na
aposentadoria terão de integrar-se à Fundação de Previdência Complementar do
Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp), cuja regulamentação foi
publicada no Diário Oficial da União. É o início da privatização da Previdência
Social!
Quem está por trás disso?
Quem é autor do projeto? A Câmara Legislativa
Federal. Quem aprovou? O Senado. Bem, os espaços comandados por Partidos como
PT/PMDB/PC do B (Esses não são maioria apenas no parlamento e atualmente compõe
a maior parte da direção da União Nacional dos Estudantes, representado pela
suas juventudes UJS e Kizomba) não estão
do lado do povo e por isso acreditam que os trabalhadores merecem um baixo
limite salarial pelo quanto trabalharam.
Estes
são os mesmos que defenderam Renan Calheiros como presidente do Senado Federal.
Renan, o parlamentar dos empresários, é um dos envolvidos no recente escândalo
do mensalão que, conseguiu, em 2003, uma “contrarreforma” da Previdência que
também retira direitos dos trabalhadores Coincidência ou não? É importante
lembrar que Renan renunciou ao cargo de presidente da Câmara na última vez que
o ocupou com receio de ser cassado.
Essa postura dos parlamentares não reflete as vontades da
população . Há pouco mais de seis meses, vivenciávamos uma forte e vitoriosa
greve geral do setor educacional federal e mais de 40 categorias em greve pelo
descaso em relação às condições de trabalho no Brasil. E esta nova lei foi a
forma de resposta escolhida pelo governo federal.
O Mundo lá fora dá o exemplo!
Desde o norte da África e a resistência
palestina, passando pela Espanha, Grécia, Portugal, México, Canadá os
trabalhadores e a juventude enfrentando os altos índices de desemprego, corte
de verbas, os planos de ajustes que os governos de todo mundo, sem exceção,
tentam aplicar para cumprir as ordens do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Vivemos na Europa, atualmente, um processo de fortes mobilizações. Há menos de
três meses ocorreu o chamado 14 N na Europa, foi uma Greve Geral Européia como
forma de dizer que não pagaremos pelos interesses mesquinhos daqueles que
“falsamente nos representam”.
Sejamos
a resistência palestina, o grito de liberdade mexicano e a indignação européia
que o Brasil precisa. Não devemos aceitar o governo daqueles que defendem o
interesse de poucos. Vamos à Luta, por um governo que de fato defenda a
juventude e os trabalhadores!
Arthur Henrique, estudante de Direito da Universidade Federal de Uberlândia e militante da Juventude indignada e Psolista , Vamos à Luta!